terça-feira, 30 de julho de 2013

Retrospectiva: Desde fins de 2011 a Julho de 2013

Primeira Parte: 

"A rotina de um escorraçado"

Começou o ano de 2013 e ainda não estou conseguindo acreditar no ocorrido durante o ano de 2012 e fins de 2011.

2011

Foi-me criada uma situação, estranha, propriamente no dia em que o Millenniumbcp me oferecer um dia de dispensa.O dia de dispensa era uma oferta que a empresa fazia aos seus colaboradores no período entre o Natal e o ano Novo. Neste caso o meu já estava organizado com vários dias de antecedência. Provavelmente o que me foi preparado também já estava programado, aguardando esse mesmo dia

2012

Entrei em pânico. Não estava preparado para uma traição. Ainda com a ajuda das pessoas com quem trabalhava diariamente. Pensava que éramos amigos, colegas, companheiros e confidentes. Mas afinal estava num covil de cobras.
Do pânico à depressão foi um passo. No hospital de Santa Maria queriam-me internar, mas consegui regressar a casa.
Estive ausente de Baixa Psiquiátrica até 12 de Janeiro de 2011.
Apesar que não estar recomposto tinha que ganhar coragem e ir à “luta”.
Em 13 de Janeiro de 2011, após tendo chegado à sucursal, fui de imediato chamado ao TagusPark onde fui confortado e pressionado por dois colegas da Direcção de Auditoria.
Estava debilitado e alertei para o assunto, não quiseram saber, provavelmente saberiam que nestas condições seria uma presa mais fácil de devorar. 
Estupidamente tentei responder a todas as questões que me foram colocadas. A mesma “entrevista” durou aproximadamente entre 3 a 4 horas ininterruptamente.
No meu ponto de vista e tendo em conta o meu estado psicológico e emocional a entrevista não deveria ter sido efectuada nas condições realizadas. 
A mesma foi pressionante e cansativa tendo em conta o meu estado psiquiátrico. Alertei diversas vezes para a situação. Penso que do ponto de vista ético, a instituição, dever-me-iam ter convocado e convidado, após, terem conhecimento da minha real situação aconselhado a levar alguém que me pudesse dar apoio ou então protelar a “entrevista” para um outro momento.
Vergonhoso e não menos importante: Ter-me-iam dado um documento para assinar com o relatado nesse interrogatório. Tentei ler o que estava escrito. Estava cansado e só queria desaparecer daquele lugar. Estava exausto. As duas pessoas, colegas da Direcção de Auditoria, que estavam presentes e que tinham redigido o relatório não demonstraram grande vontade que eu o lesse. Assinei-o, estava de rastos, estava esgotado. Tinha que me ir embora dali, não aguentava mais.
Descobri mais tarde, como seria de esperar ,que o que tinha sido escrito e assinado não era o por mim relatado nem sequer o que tinha acontecido sobre o assunto "investigado".
Podemos concluir que a verdade não era o objectivo daquele interrogatório.

Segunda Parte: 

"A rotina de um escorraçado"

Antes de partir para o dia seguinte 14 de Janeiro de 2012 tenho que fazer algumas observações.
Questões importantes ocorridas, ainda, entre 21 de Dezembro de 2011 e 13 de Janeiro de 2012.

Desapareceram do cofre forte do Balcão no dia 23 de Dezembro de 2011, o mesmo dia em que eu estava ausente, um valor de 3.000€.

Quiseram que eu assumisse essa falha de dinheiro.
Motivo: O Artur Costa era o Tesoureiro.

Como pessoa de bem que sou e, estupidamente, sem desconfiar de ninguém repôs esse valor. Com grande dificuldade, é que 3.000€ custavam-me, e custam-me, muito a ganhar.

Como é que isso podia ter acontecido?
Esta situação estava a deixar-me doente. 
Nessa época, devido às situações que estava a ocorrer, a minha cabeça começava a não raciocinar claramente.

Mas o tempo passa e a poeira, como normalmente acontece, baixa.
Porque se não vejamos:
  1. No dia 23 de Dezembro de 2011 não poderia ser o Tesoureiro do Balcão. Tive que entregar a Tesouraria a outra pessoa no dia anterior, 22 de Dezembro de 2011, como seria lógico e claro. A passagem do cofre é obrigatoriamente realizada depois de os valores do cofre serem verificados. Essa passagem da Tesouraria é realizada, presencialmente, obrigando a inserção da password de cada colaborador (de que passa e de quem recebe). 
  2. Os registos informáticos e os registos de papel não estão presentes e parece que já não existem. (Estranho).
  3. As chaves do Balcão e as chaves do cofre forte ficaram sempre ao serviço de todos os colaboradores do Balcão.
  4. Os códigos de acesso ao Cofre forte nunca foram do meu conhecimento, felizmente, mas, infelizmente, eram do conhecimentos de muitos colaboradores do Balcão. No máximo deveriam ser apenas do conhecimento dos responsáveis do Balcão. (Esta situação, a partilha dos códigos e das chaves do Balcão poderiam ser verificadas se as imagens de segurança do Balcão não tivessem sido rapidamente destruídas.) O que será que foi observado nessas imagens?
  5. Uma investigação interna realizado no Banco indica que a Direcção de Auditoria foi chamada para investigar e analisar a situação. Dessa investigação são recolhidas todas as provas e evidências. Dentro dessas provas e evidências deveriam estar documentos, imagens do circuito interno do Balcão e depoimentos.     
  6. Partindo do principio que essa investigação existiu, conforme o Banco informa que realizou, Pergunto: 
Onde estão as imagens, os documentos, os depoimentos e as analises verificadas nesse dia, 23 de Dezembro de 2011?  
Eu poderia ajudar a responder a essas questões...
  •  As imagens não existem, foram destruídas. Pois, conforme o Banco, já tinham passados mais de 30 dias (Situação ocorrida em 22 de Dezembro de 2011, verificação e chamada da Direcção de Auditoria em 23 de Dezembro de 2011.) Trinta (30) dias? Como? 
  • Muito dos documentos em análise foram destruídos ou estão desaparecidos. O mais importante será a Acta de Conferência do Cofre do Balcão realizado em 23 de Dezembro de 2011 e onde, supostamente, se verificaria a falha dos 3.000€.
  • Onde estão os depoimentos realizados nesse dia às pessoas, colaboradores, presentes no Balcão? Também não existem ou estão também desaparecidos?
Já agora adiando-me um pouco no tempo, estas questões e situação, para o Juiz do Tribunal do Trabalho de Lisboa do 4.º Juízo da 2.ª Secção  presente no Julgamento são pouco importantes e irrelevantes.
Será que o são? 
Ou valores mais altos são levantados para serem considerados pouco importantes e irrelevantes?
Não será a Verdade, a Clareza de informação e a Prova o mais importante para atribuição da Justiça?
Ou será que a Justiça também é pouco importante e irrelevante?
Quem é que será capaz de me responder?



A administração do BCP tardou em responder aos apelos do Banco de Portugal (BdP)

BdP: 'BCP fez tudo para esconder a titularidade das acções em contas offshore'

A administração do BCP tardou em responder aos apelos do Banco de Portugal (BdP) sobre a titularidade das acções do banco que estavam nas contas de várias sociedades 'offshore', disse hoje em tribunal Carlos Lopes, 'legal adviser' do supervisor.

Saber+ em:

BCP cortou 230 postos de trabalho no primeiro semestre

BCP cortou 230 postos de trabalho no primeiro semestre
Lusa / SOL
Tags: EconomiaBancaBCPBCP

domingo, 28 de julho de 2013

As "testemunhas" (mandados pelo membros do concelho da Tribo dos Tutucús )

Esta informação está transcrita num processo Judicial do Tribunal da Tribo dos Tutucús (50/13.7TTLSB  - 2ª Secção 4 º Juizo)
Nota - (TTLSB = Tribo dos Tutucús Ligados sem Burros);

Nnuo Jsoé de Adiemla Teravas 
Abutre principal com a "marca animal": 4424L e representante legal do conselho da tribo para exclusão do Camelo Ak

  • Fdnanreo Meunal da Coçiecnão Ries - Médico e Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Jroge Jsoé Stnaos Cãtipao - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Mairsa Ardnaxela Maitrns Loneruço - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Móinca Aramal Sá Loieruro - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Jâoo Arednaxele Mraieoa Casarrco Caiero - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Sadavlor Aetnars Friere Toerrs - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Líus Meunal Sidôro Feietra - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Líus Fipile Durate Perdo Suosa e Mlelo - Hiena da Tribo dos Tutucús
  • Calros Meunal Fereirra da Paz - Hiena da Tribo dos Tutucús


Pedido importante: A quem os conheça, o Camelo Ak, agradeço que lhes peçam que falem verdade. A mentira é destruidora. Digam-lhes que é importante respeitarem o "próximo" e para não fazer aos outros o que não desejam nem para si nem para os seus.

Informação muito importante: Qualquer semelhança com qualquer processo e com qualquer pessoa é pura coincidência 


Estão tentando calar a minha voz..."Diário de uma Brasileira em Portugal"

Estão tentando calar a minha voz...

Bom dia!
Infelizmente o "Diário de uma Brasileira em Portugal" está sendo impedido de ser divulgado.
Há alguns dias que o Facebook tem visitado a página do Blog, até que ontem bloqueou uma pessoa que me ajudava a divulgar nos grupos e em seguida apenas dois visitantes chegaram ao Blog em 24 horas.
O Blog tinha uma média de mais de 100 visitantes diários, baixou milagrosamente para 2 visitantes. Sem contar que os postagens nos grupos foram apagadas.
A partir disso, começo a me sentir, mais uma vez, frágil e injustiçada, porque depois de tudo que nos fizeram ainda estão tentando nos impedir de falar. Falar que deveria ser um direito de todos!
Nunca imaginei que um simples diário, sem nenhuma intenção de ser jornalístico, fosse incomodar alguém "grande" a ponto de tentar impedir que uma simples "brasileira sem capacidade para adquirir conhecimentos bancários" (como me chamaram no Tribunal do Trabalho) falasse...
Neste momento, sinto-me triste e, mesmo sem saber se esta mensagem vai ser divulgada, precisava partilhar.
Quem leu o "Diário" sabe que não falei tudo que aconteceu. Embora, meu intuito seja partilhar as injustiças que fizeram ao meu marido, o preconceito  e a falta de respeito com que me trataram, eu sempre fui sutil. Evitei falar aquilo que não vi, mas que sei que aconteceu. Porque, afinal, qual esposa que não sabe os problemas diários do seu marido? Qual é o casal que não troca experiências, boas e más? É natural me meu marido partilhasse comigo suas tristezas, derrotas, injustiças, etc..
Mesmo assim, aquilo que não vi, evitei falar, porque minha intenção nunca foi provocar ninguém, mas apenas relatar, sob o meu olhar, o que eles estão fazendo com as nossas vidas...
Será que não há limites para quem tem dinheiro?

Onde está a minha liberdade?

sábado, 27 de julho de 2013

Na tribo dos Tutucús - Uma comédia no Tribunal da Tribo

O Camelo Ak recorre ao Tribunal da Tribo:

Conheça as personagens;

  • Fiquem estarrecidos com a sua falta de carácter e com o seu sentido podre de verdade e justiça;
  • Saiba a história e conheça o enredo;
  • Descubra o resultado bizarro proclamado por um ser vil, vendido e corrupto.


Querem justiça?
Tenham dinheiro para compra-la... (esta, parece, que é a regra de ouro na "Tribo dos Tutucús")

Aguardem pela história: 


Está em construção...


Na Tribo dos Tutucús

2º grupo do PDCC (Programa de desenvolvimento dos camelos e carneiros)

E vou contar uma experiência vivida não há muito tempo.
Essa tribo periodicamente criava grupos de entretenimento para manter os camelos e os carneiros ocupados. (Camelos e Carneiros são os elos mais fracos da tribo)
Então um belo dia o um dos camelos, Ak de seu nome, decidiu fazer parte do 2º grupo do PDCC (Programa de desenvolvimento dos camelos e carneiros). Coitado nem sequer imaginava que iria ser a sua desgraça dentro da tribo.

Este tipo de projectos eram dirigidos a membros da tribo que participavam na sua retaguarda e que a mesma necessitava do seu contributo/desenvolvimento na área prospecção e desenvolvimento. Este iniciativa tinha um conjunto de acordos entre os lideres da tribo e os seus seguidores, infelizmente quase todos os acordos eram verbais (mas para “animais” de bem estes tipos de acordos seriam suficiente, pensavam o grupo de seguidores no qual o camelo Ak se incluía).
Esforçou-se, adaptou-se e cumpriu a sua parte (com conhecimentos, esforço e resultados).

Esse estágio durava 3 anos.
Quando estava no fim do estágio e antes de receber o “diploma” de execução do projecto o camelo Ak telefonou para o NSFDC (Núcleo da sociedade para fins de desenvolvimento de Camelos e Carneiros) e fez a seguinte pergunta: "O Conselho da Tribo iria cumprir consigo com o prometido e acordado verbalmente." E foi-me respondido, apenas, um claro NÃO.

Motivos:
O Conselho da Tribo não iria cumprir o prometido já que:
1.     Os objectivos tinham mudado;
2.     Nada, sobre o acordo, estava escrito, por isso o Conselho da Tribo não se sentia obrigado a cumprir qualquer acordo.

Esse Camelo ficou muito triste mas não podia fazer nada.

Por volta de meio do ano de 2011 e numa reunião da rede de retalho da Tribo e já tendo completado o tempo de estágio (3 anos), ir-se-ia distribuir os "diplomas" de conclusão do 2º grupo do PDCC (Programa de desenvolvimento dos camelos e carneiros).
Nesse dia o nosso amigo Camelo Ak tinha um compromisso importante, questões de saúde, e balancou entre esse compromisso e a reunião. Optou pelo seu compromisso, pelo vistos mal, pois não se sentia obrigado a ir receber o referido "papel"/ "diploma" de conclusão do 2º grupo do PDCC (Programa de desenvolvimento dos Camelos e Carneiros). Camelo já era mesmo sem papel...

Desde esse dia sentiu que tinha entrado numa lista negra... a lista dos Camelos e Carneiros negros.
E ficou, com os acontecimentos que ocorreram desde esse dia, com a certeza que foram dadas ordens para o "tramar".

Não tendo nada até ao fim do ano de 2011 e no dia 23 de Dezembro de 2011, quando estava o Camelo a gozar o dia de dispensa, "fizeram-lhe a cama"...

O ano de 2012 foi um ano de massacre psicológico sem igual, pelo menos o nosso amigo não estava preparado para tal. Foi obrigado a regressar ao seu grupo de trabalho “antigo” na área de serviços de retaguarda...

Acredito que devem ter feito muita força, "por baixo do pano", para o “derrubar” mas como não conseguiram, efectuaram o que qualquer camelo que se preze nunca tinha pensado que a “nossa” tribo pudesse fazer.

Em 5 de Novembro de 2012 foi chamado a uma entrevista para rescisão e saída da tribo por comum acordo. Teve vários dias para pensar. No dia 13 de Novembro de 2012 findava o período de reflexão e decidiu.
Preferiu continuar a participar na tribo. Mas nunca pensou que logo a seguir (cerca de uma hora tinha lhe sido decretado a sua expulsão da tribo).

Mais incrível é que apenas o soube em 26 de Novembro de 2012 e de forma estranha e não oficial.

Uma expulsão sem aviso e sem justificação...
Querem saber como é que ele teve a informação que tinha sido expulso?

Parece mentira ou anedota, mas descobriu que tinha sido expulso porque telefonou para o Espaço privado dos Animais  para saber o motivo de me terem debitado, pela totalidade, os dois empréstimos pessoais que possuía.
Informaram-no que tinha sido por indicação do DRH (Direcção Rede de Hienas)
Razão: o seu nome constava numa lista de animais expulsos!
Loucura total!




quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que é assédio moral?

Assédio moral ou violência moral no trabalho não é um fenómeno novo. Pode-se dizer que ele é tão antigo quanto o trabalho.

A novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenómeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho. A reflexão e o debate sobre o tema são recentes no Brasil, tendo ganhado força após a divulgação da pesquisa brasileira realizada por Dra. Margarida Barreto. Tema da sua dissertação de Mestrado em Psicologia Social, foi defendida em 22 de maio de 2000 na PUC/ SP, sob o título "Uma jornada de humilhações".

A primeira matéria sobre a pesquisa brasileira saiu na Folha de São Paulo, no dia 25 de novembro de 2000, na coluna de Mônica Bérgamo. Desde então o tema tem tido presença constante nos jornais, revistas, rádio e televisão, em todo país. O assunto vem sendo discutido amplamente pela sociedade, em particular no movimento sindical e no âmbito do legislativo.

Em agosto do mesmo ano, foi publicado no Brasil o livro de Marie France Hirigoyen "Harcèlement Moral: la violence perverse au quotidien". O livro foi traduzido pela Editora Bertrand Brasil, com o título Assédio moral: a violência perversa no cotidiano.

Atualmente existem mais de 80 projetos de lei em diferentes municípios do país. Vários projetos já foram aprovados e, entre eles, destacamos: São Paulo, Natal, Guarulhos, Iracemápolis, Bauru, Jaboticabal, Cascavel, Sidrolândia, Reserva do Iguaçu, Guararema, Campinas, entre outros. No âmbito estadual, o Rio de Janeiro, que, desde maio de 2002, condena esta prática. Existem projetos em tramitação nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Paraná, Bahia, entre outros. No âmbito federal, há propostas de alteração do Código Penal e outros projetos de lei.

O que é humilhação?

Conceito: É um sentimento de ser ofendido/a, menosprezado/a, rebaixado/a, inferiorizado/a, submetido/a, vexado/a, constrangido/a e ultrajado/a pelo outro/a. É sentir-se um ninguém, sem valor, inútil. Magoado/a, revoltado/a, perturbado/a, mortificado/a, traído/a, envergonhado/a, indignado/a e com raiva. A humilhação causa dor, tristeza e sofrimento.

E o que é assédio moral no trabalho?

É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.

Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ’pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ’perdendo’ sua auto-estima.

Em resumo: um ato isolado de humilhação não é assédio moral. Este, pressupõe:

repetição sistemática
intencionalidade (forçar o outro a abrir mão do emprego)
direcionalidade (uma pessoa do grupo é escolhida como bode expiatório)
temporalidade (durante a jornada, por dias e meses)
degradação deliberada das condições de trabalho
Entretanto, quer seja um ato ou a repetição deste ato, devemos combater firmemente por constituir uma violência psicológica, causando danos à saúde física e mental, não somente daquele que é excluído, mas de todo o coletivo que testemunha esses atos.

O desabrochar do individualismo reafirma o perfil do ’novo’ trabalhador: ’autônomo, flexível’, capaz, competitivo, criativo, agressivo, qualificado e empregável. Estas habilidades o qualificam para a demanda do mercado que procura a excelência e saúde perfeita. Estar ’apto’ significa responsabilizar os trabalhadores pela formação/qualificação e culpabilizá-los pelo desemprego, aumento da pobreza urbana e miséria, desfocando a realidade e impondo aos trabalhadores um sofrimento perverso.

A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador e trabalhadora de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental*, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.


A violência moral no trabalho constitui um fenômeno internacional segundo levantamento recente da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com diversos paises desenvolvidos. A pesquisa aponta para distúrbios da saúde mental relacionado com as condições de trabalho em países como Finlândia, Alemanha, Reino Unido, Polônia e Estados Unidos. As perspectivas são sombrias para as duas próximas décadas, pois segundo a OIT e Organização Mundial da Saúde, estas serão as décadas do ’mal estar na globalização", onde predominará depressões, angustias e outros danos psíquicos, relacionados com as novas políticas de gestão na organização de trabalho e que estão vinculadas as políticas neoliberais.


(*) ver texto da OIT sobre o assunto no link:http://www.ilo.org/public/spanish/bureau/inf/pr/2000/37.htm

Fonte: BARRETO, M. Uma jornada de humilhações. São Paulo: Fapesp; PUC, 2000.

RTP Notícias

Ligações perigosas entre o BPP e o BCP

BandaLarga "as autoestradas da informação"

O que se passou no BCP é infame

Jornal Econónico

Offshore do BPP e BCP tinha como accionista um tio de Sócrates 


terça-feira, 23 de julho de 2013

Do sonho ao pesadelo... um pequeno passo (1ª etapa)

Olá a todos, decidi ganhar coragem e escrever a minha história no Banco Comercial Português.
Mas sendo 23 anos de empresa e existido diversos factos a relatar vou repartir este caminho da nossa existência, Artur Costa e o Banco Comercial Português.

Entrei trémulo e cheio de sonhos decorria o dia 02 de Abril de 1990. Estava a entrar para o Banco do “Jardim”, como era vulgarmente apelidado. O Banco do Engenheiro Jardim Gonçalves...meu Deus, que bom!

Mas este capitulo virá mais tarde. A entrada para um grande projecto. Um projecto de futuro e de construção...

Neste momento o que quero e necessito de escrever é a parte decadente e triste do “sonho”.
Este sonho virou pesadelo. O Banco do “Jardim”, já não o é. Tornou-se em "algo" que não posso expressar por palavras, mas quem tem olhos na cara pode facilmente descortinar.
Moral, respeito e consciência ficou do outro lado do “espelho”. No espaço negro onde os odres defecam e vomitam ódio!

Sou ser mais conciso e menos abstracto... afinal é para isso que estou a “roubar” o vosso tempo. Este período vai-se destinar à instauração de um Processo Disciplinar com intenção de despedimento, ao meu despedimento, ao recurso ao tribunal de trabalho e essencialmente à impossibilidade que tenho de me defender.

Impossibilidade que tenho de me defender, por quê?

A reposta é muito fácil.
Estamos num sistema aonde o Artur Costa, como cidadão, não tem qualquer direito. Principalmente se do outro lado estiver uma empresa com a dimensão nacional do Millenniumbcp.

Imagem que até eu que trabalhei durante 23 anos no Banco Comercial Português jamais pensei que a sua força, o seu poder e influência fosse tão grande nem tão pesada.
Se imaginasse que tinha tanta força e que era de um calibre tão elevado teria aceite uma rescisão por mútuo acordo, como muitos outros colaboradores aceitaram ou tiveram que aceitar e ponto final. Esta proposta foi-me “oferecida” a 05 de Novembro de 2012. Pelos vistos deveria ter aceite, com resignação, a derrota.
Infelizmente hoje posso anda afirmar, sem qualquer medo ou receio, que o poder e força do Millenniumbcp é tão elevado que se faz sentir no Tribunal do Trabalho de Lisboa.


Não pensem que não vou explicar. É claro que vou!